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DEZ
04
04 DEZ 2020
A IMPORTÂNCIA DA CHUVA
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A IMPORTÂNCIA DA CHUVA.

É difícil de acreditar, mas todo ano, quase dois milhões de pessoas morrem por falta de água potável.

O planeta terra possui mais de um bilhão de trilhões de litros de água. É muita água não é mesmo? Entretanto, mais de 97% da água que existe na terra, é água salgada. Do restante, mais de dois terços está congelada nas calotas polares e geleiras, e a água que nos sobra está presa no solo ou em aquíferos subterrâneos. Assim, a fração disponível para nós usarmos sempre foi a menor.

Parece pequena demais, a fração de água que nos resta, mas ainda é muita água e seria suficiente se utilizássemos esse recurso com sustentabilidade.

Se estudarmos o ciclo das chuvas, veremos que, todos os anos, caem por volta de 110.000 milhões de metros cúbicos de água sobre a superfície da terra, em forma de chuvas leves, tempestades e até mesmo em forma de neve. Segundo estudos realizados, esse montante de água, daria para cobrir a terra com um metro de profundidade se fosse distribuída uniformemente. Como isso não é possível de ocorrer, há lugares no planeta em que há água de mais e outros onde há água de menos.

E, estudando o ciclo das águas, pode-se concluir que mais de metade da água das chuvas ou em forma de neve que cai, evapora ou é absorvida pelos vegetais. Do restante, mais de um terço retorna para o mar, e menos de 10% da água que cai sobre a terra, é utilizada por nós, em nossas casas, na própria agricultura e até mesmo na indústria.

Então, perguntamos: Qual é o problema? Onde está a água? Para onde está indo a água?

Inicialmente, seria necessário dizer que a água não está acabando. Que o ciclo da água é que está fechado, e com isso, não se perde e nem se ganha água, há até quem defende que a água pode aumentar em razão dos vulcões. Mas o problema é que pela razão da intervenção do homem sobre a natureza, associada aos  fenômenos naturais como El Niño e La Ninã por exemplo, há lugares em que se acumula muita água e outros em que não há água, há lugares em que há muita chuva e há lugares em que quase não chove, como como ocorreu até agora aqui na região Sul e parte do Sudeste, onde passamos por período crítico, infelizmente.

Outra questão muito importante é a qualidade da água. Embora tenhamos o mesmo volume de água de milhões de anos atrás, a sua qualidade vem sendo diminuída gradativamente, muito em razão da intervenção negativa do homem nas bacias hidrográficas e pela falta de políticas sérias de armazenagem, tratamento, distribuição e reaproveitamento da água, se comparado ao aumento do número de habitantes na terra.

Por outro lado, quase tudo o que fazemos envolve o consumo de água de alguma forma. Para muitos, o grande vilão do consumo de água sempre foi a agricultura, que responde por aproximadamente 70% do consumo global de água. Em regiões mais áridas, chega-se a 90%. É verdade que a irrigação consome grande quantidade de água dos rios, das nascentes, dos mananciais que acaba interrompe o curso normal dos rios, fazendo com que a água mude o seu ciclo natural e não chegue ao seu curso final com a mesma quantidade e intensidade.

Mas, temos também os vilões urbanos, como na indústria, no comércio e nas residências, onde se usa lavadora de roupas, de louças, de carros, tem lavadora para quase tudo hoje em dia, menos máquinas que seriam necessárias para o reaproveitamento das águas que são utilizadas diariamente.

E, falando em desperdício de água, para se ter uma ideia do volume perdido,  o ranking de saneamento básico divulgado recentemente pelo Instituto Trata Brasil, mostra que, em plena época de seca e escassez de água, 90 das 100 maiores cidades brasileiras não conseguiram reduzir as perdas de água decorrentes de vazamentos, erros de medição, ligações clandestinas e outras irregularidades que levam a um consumo exagerado, contabilizado finalmente, como perdas.

Segundo o mesmo instituto, em 62 das 100 cidades analisadas, há perdas entre 30% e 60% da água tratada e própria para consumo humano. Em cidades como Porto Velho e Macapá por exemplo, a cada 10 litros de água tratada e produzida, acredite se quiser, 7 litros são perdidos.

A ONU, por sua vez, afirma que, atualmente, há 1,1 bilhão de pessoas praticamente sem acesso à água doce potável e prevê que, caso nada seja feito até  no ano de 2050, que faltam só 30 anos, mais de 45% da população mundial já não poderá contar com a porção mínima diária  individual de água para as necessidades básicas.

Por isso, por mais que venhamos a diminuir o consumo de água para cada habitante, serão necessárias novas legislações e políticas públicas de armazenagem, tratamento, distribuição e reaproveitamento das águas, pois, se persistirem com esses números, não é exagerado demais dizer que a próxima guerra mundial poderá ser pela falta de água. Se lembram do filme MAD MAX, poderá ser nossa realidade futura, PENSEM NISSO!

 

 

 

PAULO ROBERTO BARATO

SEC. MUNC. DE AGRICULTURA.

Fonte: TCE PR
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